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O que os profissionais de tecnologia realmente pensam em 2025? A comunicação clara sobre salário, flexibilidade, cultura e valores é mais importante do que nunca, já que muitas empresas enfrentam desafios de contratação e retenção. A mais recente pesquisa Talent Trends da Michael Page mostra que a força de trabalho em tecnologia hoje se sente mais confiante, empoderada e está elevando o padrão para carreiras que realmente se alinham com seus valores e objetivos de longo prazo.
Essa mudança sinaliza uma nova realidade para os empregadores. Anúncios de emprego atraentes já não são suficientes. Ter sucesso na contratação hoje exige uma compreensão mais profunda do que motiva os talentos de tecnologia e como suas expectativas estão evoluindo.
Neste artigo, exploramos os principais fatores que moldam as decisões de carreira em tecnologia em 2025. Desde a crescente demanda por flexibilidade e propósito até a importância do bem-estar e do desenvolvimento profissional, esses insights ajudarão você a se conectar com os profissionais que estão moldando o futuro da tecnologia.
A perspectiva para os profissionais de tecnologia em 2025 mostra uma tendência clara de maior confiança e satisfação em suas carreiras. Nossas descobertas indicam uma melhora significativa na forma como esses profissionais veem seus cargos atuais e o mercado de trabalho em geral. Essa confiança crescente não é apenas uma sensação - ela é sustentada por melhorias concretas em segurança no emprego e satisfação profissional.
Aqui estão as 5 maiores tendências para orientar suas estratégias de atração e retenção de talentos:
Em 2025, 59% dos profissionais de tecnologia afirmam se sentir seguros em seus cargos atuais, um avanço em relação aos 50% de 2024. Essa percepção de estabilidade, no entanto, contrasta com uma queda na satisfação geral, que passou de 54% em 2024 para 52% neste ano.
No Brasil, profissionais da área de tecnologia têm demonstrado menor satisfação, reflexo do endurecimento das políticas de trabalho flexível. Apesar do aumento de talentos no setor, o avanço tecnológico e a transformação de funções tradicionais em cargos mais técnicos intensificaram a busca por esses perfis que, diante de novos desafios profissionais, continuam sendo mais demandados do que a oferta disponível. - Juliana França, Executive Manager, Brasil
A satisfação com o salário também apresentou retração, caindo de 51% em 2024 para 46% em 2025. Mesmo entre os que buscaram reajustes, apenas 10% dos 35% que tentaram negociar tiveram sucesso.
Conclusão: Embora a sensação de segurança no emprego tenha aumentado, a queda na satisfação e na percepção de justiça salarial revela uma força de trabalho mais crítica e exigente. Salários competitivos, oportunidades de desenvolvimento e um ambiente de trabalho sólido deixaram de ser diferenciais e se tornaram condições essenciais para atrair e manter talentos.
Apesar de mais satisfeitos e seguros, os profissionais de tecnologia não estão necessariamente comprometidos a longo prazo. Em 2025, 96% dizem estar abertos a novas oportunidades — ou seja, a lealdade é condicional.
Profissionais de tecnologia tendem a mudar mais de cargo porque o trabalho é muito baseado em projetos. Você conclui um projeto e logo quer partir para o próximo. Ao mesmo tempo, muitos se perguntam se vale a pena mudar agora. Apesar de estarem abertos, há uma certa cautela antes de tomar decisões drásticas. - Nicolas Dumoulin, Senior Managing Director, Sudeste Asiático
A busca ativa por novas vagas aumentou de 45% em 2024 para 54% em 2025. Isso não significa que os profissionais estejam menos estratégicos, mas indica que a confiança no mercado está maior e que muitos estão preparados para explorar novas oportunidades. Atualmente 71% afirmam que planejam deixar seus cargos atuais nos próximos dois anos, o que reforça a necessidade de estratégias sólidas de retenção.
Conclusão: A retenção deve ser tratada como um compromisso contínuo. Quase 9 em cada 10 profissionais estão abertos a mudanças, o que exige engajamento constante, planos de crescimento e uma cultura organizacional forte para manter os talentos mais qualificados.
Quando perguntados por que consideram mudar de emprego, 44% citam insatisfação com o salário. Enquanto, 37% buscam promoção ou progressão na carreira, um indicativo de que a ambição e o desenvolvimento profissional são tão importantes quanto a remuneração.
Os profissionais de tecnologia estão mais seletivos. Muitos não foram promovidos recentemente e ainda buscam desenvolvimento, propósito e valores com os quais se identifiquem. Isso exige que as empresas ofereçam mais do que salário, é preciso confiança, flexibilidade e compromisso com o bem-estar. - Nicolas Béchu, Chief Operating Officer & Executive Board Director no Page Group
Além da remuneração e das promoções, muitos profissionais de tecnologia estão em busca de experiências mais amplas - tanto na vida quanto no trabalho. Cerca de 27% se sentem motivados por oportunidades internacionais, o que revela uma mentalidade global. Outros 19% desejam melhores programas de capacitação e desenvolvimento, destacando a necessidade de as empresas investirem no crescimento de longo prazo de seus talentos.
Mas não são apenas os fatores externos que influenciam a decisão de sair. Questões internas também pesam: 30% dos profissionais de tecnologia apontam decisões de liderança equivocadas como motivo para considerar uma mudança, enquanto 22% mencionam uma cultura organizacional desalinhada com seus valores.
Conclusão: Um salário competitivo pode atrair talentos, mas não é suficiente para mantê-los. Crescimento profissional, propósito e uma cultura organizacional autêntica são expectativas fundamentais. Para reter os melhores profissionais de tecnologia, as empresas precisam oferecer planos de carreira claros, treinamentos relevantes e lideranças capazes de promover um ambiente baseado em confiança e valores sólidos.
Em 2025, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional deixou de ser um benefício extra e passou a ser uma exigência central nas carreiras em tecnologia. 89% dos profissionais da área o colocam entre suas cinco principais prioridades no ambiente de trabalho - e quase três quartos o posicionam entre as três mais importantes. Isso reflete uma mudança cultural profunda: o equilíbrio não é mais um desejo, mas uma necessidade.
Quando questionados sobre os aspectos da cultura organizacional que mais impactam a satisfação no trabalho, 60% apontaram o equilíbrio entre vida e trabalho como o fator mais relevante. Mais da metade afirmou que recusaria uma promoção se isso significasse comprometer seu bem-estar pessoal. A progressão tradicional na carreira já não é mais o objetivo final se vier acompanhada de prejuízos à saúde mental.
Essa mudança representa uma redefinição do que é ambição. Os profissionais estão traçando limites mais claros entre vida pessoal e profissional - e empresas que não respeitam esses limites correm o risco de perder seus talentos mais qualificados.
Conclusão: O equilíbrio entre vida e trabalho precisa estar enraizado na cultura da empresa. Não se trata de um benefício de bem-estar, mas de uma prioridade estratégica. Para atrair e reter talentos de tecnologia, os líderes devem promover uma cultura que respeite o tempo pessoal, apoie ativamente a saúde mental e valorize a sustentabilidade de longo prazo em vez de resultados imediatos.
Para a maioria dos profissionais de tecnologia, a discussão sobre onde o trabalho deve acontecer já está superada. Flexibilidade deixou de ser um diferencial e passou a ser uma expectativa. O modelo híbrido se tornou o padrão, com 49% dos talentos da área atuando dessa forma atualmente. Empresas que tentam retroceder nesse aspecto correm o risco de perder tanto a confiança quanto os talentos.
Embora o trabalho 100% remoto não seja mais uma exigência tão forte como nos últimos anos, as empresas precisam continuar priorizando a flexibilidade. Encontrar um equilíbrio entre promover engajamento e cultura, sem abrir mão da flexibilidade conquistada, é essencial — caso contrário, os talentos buscarão modelos mais alinhados às suas expectativas. - Iñigo Fernández, Senior Executive Director, Europa
Quando perguntados sobre onde são mais produtivos, 53% dos profissionais de tecnologia disseram render mais trabalhando de casa, contra apenas 16% que preferem o escritório. Ainda mais revelador: 47% afirmam que começariam a procurar outro emprego se fossem obrigados a voltar com mais frequência ao ambiente presencial.
Essa preferência vai muito além da conveniência. A flexibilidade está diretamente relacionada à produtividade, à satisfação no trabalho e à retenção de talentos.
Conclusão: A flexibilidade precisa ser tratada como uma prioridade estratégica. Em vez de focar na presença física, as empresas devem construir políticas baseadas em autonomia, confiança e desempenho. Apoiar os profissionais na forma como trabalham melhor é essencial para manter os talentos mais valiosos da tecnologia.
Quer mais insights? Baixe o relatório Talent Trends 2025 da Michael Page e descubra o que está moldando as escolhas de carreira em tecnologia neste ano - e como sua empresa pode atrair os melhores talentos respondendo às questões que realmente importam.
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