Michael Page Brasil: 25 anos de conexões, talento, liderança e impacto

O futuro da gestão de pessoas não se desenha a partir de processos, se desenha nas decisões que transformaram as organizações. A revolução da inteligência artificial e a velocidade da disrupção tornam claro que a adaptabilidade se tornou uma exigência para prosperar. Líderes e equipes que cultivam essa capacidade são os que, de fato, deixam um legado.

Durante o encontro com lideranças de RH, três percepções-chave se destacaram, desafiando o status quo, ampliando a agenda de quem busca resultados de alto impacto:

  • Do operacional ao propósito: RH que conecta métricas a resultados tangíveis gera valor real e se posiciona como protagonista da evolução estratégica;
  • Liderança em movimento: em um mundo volátil, não são os mais técnicos, mas os líderes que aprendem continuamente, escutam e inspiram que conduzem times resilientes e de alto desempenho;
  • Cultura como motor da mudança: confiança, diálogo aberto e disposição para experimentar são hoje tão essenciais quanto qualquer tecnologia aplicada.

A provocação é clara: quais líderes estão preparados para gerar impacto real e construir um legado duradouro?

Ao longo de 25 anos, milhares de encontros transformaram carreiras, fortaleceram negócios e mudaram vidas. Isso reforça uma crença central: são as pessoas que movem o mundo, e cada decisão precisa colocá-las no centro da estratégia.

Glaucia Guarcello: diretora geral da Singularity Brasil e Foresight Strategist
Forecast não salva. Foresight transforma. 
Um guia para líderes que querem parar de reagir e começar a construir o que ainda não existe.

Confiar em previsões lineares é como dirigir olhando pelo retrovisor: funciona, até a primeira curva inesperada. Em um mundo que muda antes do próximo ciclo orçamentário, liderar com base no passado é receita para irrelevância. O planejamento tradicional parte de uma premissa ultrapassada, a de que o futuro será uma extensão do presente. Mas essa lógica já não se sustenta. Tecnologias emergentes, mudanças culturais abruptas e eventos imprevisíveis estão redesenhando mercados em tempo real.

A proposta não é mais uma teoria sobre o futuro, mas um convite e um alerta para líderes que querem continuar relevantes. Glaucia Guarcello propõe uma virada estratégica: abandonar o conforto do forecast e adotar o foresight como disciplina central da liderança contemporânea. Foresight é sobre preparar a organização para múltiplos futuros e especialmente os improváveis. É sobre transformar incerteza em vantagem competitiva. E isso exige coragem, método e experimentação.

Essa mudança começa com a forma como líderes fazem perguntas. Ao invés da busca por metas previsíveis, é preciso provocar a organização com questionamentos que desafiem o presente: “Como será nosso modelo de negócio se a tecnologia ‘x’ se tornar banal?” ou “O que muda se nossos clientes forem nativos digitais e não aceitarem mais intermediação?” Essas perguntas não têm respostas prontas e, justamente aí, mora o poder. Elas abrem espaço para cenários que revelam oportunidades invisíveis e exigem novas formas de pensar.

O segundo passo é reunir equipes diversas para mapear sinais fracos, tais como: tendências emergentes, comportamentos incipientes, tecnologias em estágio inicial. Ao classificar essas incertezas por impacto e imprevisibilidade, é possível enxergar futuros que não estão nos relatórios, mas que já estão se formando. Esse exercício não apenas amplia horizontes, como também prepara a organização para agir antes que o mercado perceba.

Outra prática essencial é o uso do “backcasting”. Em vez de planejar com base no presente, parte-se de um futuro desejável e trabalha-se de trás para frente. Por exemplo: se a ambição é operar com IA em todos os processos ou ser referência em impacto social, quais decisões precisam ser tomadas hoje para tornar esse futuro viável? Essa abordagem transforma visão em ação concreta e ajuda a alinhar estratégia com propósito.

Por fim, o foresight exige uma cultura de experimentação. Antes de escalar uma ideia, é preciso testá-la em pequena escala, lançar versões mínimas, observar o comportamento real dos usuários e ajustar com agilidade. Não se trata de acertar de primeira, mas de aprender mais rápido que os outros. Foresight é sobre resiliência.

Quando essa disciplina entra em cena, tudo pode mudar. A organização deixa de reagir às rupturas e passa a antecipá-las. Descobre oportunidades antes que virem tendências. Cria vantagem competitiva em terrenos que outros ainda nem exploraram. E inspira sua equipe a pensar além dos limites atuais, com mais autonomia e visão.

Em seu conteúdo, Glaucia exige que líderes deixem de buscar controle e passem a cultivar previsibilidade. Porque o futuro não será uma extensão do presente, e quem não estiver preparado estará apenas reagindo. Ou você continua liderando com os modelos do passado, ou decide construir o que ainda não existe.

Catia Porto
RH que gera impacto real vai além do clima.
A conexão entre estratégia, cultura e impacto humano é o caminho para inovação e legado.

Nos últimos 25 anos, vimos o mundo se reinventar. Crises globais, revoluções tecnológicas, avanços sociais e novas formas de trabalhar redesenharam o que entendemos por liderança, cultura e valor. E em meio a tudo isso, as pessoas estiveram no centro, transformando o mundo e sendo transformadas por ele. Mas e o RH? Evoluímos juntos ou apenas acompanhamos?

Catia Porto nos convidou a encarar uma pergunta desconfortável: por que tantos CHROs ainda falham? Por que, diante da chance de provocar e liderar, tantos ainda escolhem o meio-termo?

A resposta está na forma como o RH se posiciona, ou se omite, diante das decisões que realmente moldam o futuro das organizações. O RH deixa de ser uma função de apoio e se torna uma força estratégica, política e profundamente humana. E quem não entender isso corre o risco de se tornar irrelevante.

A trajetória do RH mostra uma evolução clara: saímos da lógica de eficiência e sobrevivência, passamos pela valorização dos talentos como ativos, mergulhamos na gestão por competências, entendemos a cultura como sistema operacional e, mais recentemente, abraçamos o propósito como motor de transformação. Mas essa jornada não é linear. Muitos ainda operam com mentalidade de 2005 em um mundo de 2025.

Há RHs que medem turnover, mas não conseguem traduzir o impacto financeiro da perda de talentos. Que investem em programas de treinamento extensos, mas não conectam esses esforços à produtividade ou à inovação. Que tratam diversidade como uma pauta moral, sem demonstrar como ela gera vantagem competitiva real. Paralelamente, os executivos querem respostas claras: ROI, inovação, crescimento sustentável. E o RH precisa aprender a falar essa língua sem perder a alma.

Catia identifica sete pontos cegos que sabotam o RH estratégico.

  • Foco excessivo em processos sem impacto real: RHs que priorizam burocracia em vez de resultados tangíveis para o negócio;
  • Métricas que não conversam com a estratégia da empresa: indicadores que medem atividade, mas não traduzem valor ou impacto;
  • Dificuldade de sustentar paradoxos: como equilibrar eficiência com inovação, controle com autonomia e não cair na simplificação;
  • Baixa maturidade política: evitar conversas difíceis e decisões humanas complexas compromete a liderança do RH;
  • Descompasso com o ritmo do negócio: o mundo exige agilidade, mas muitos RHs ainda operam com planos de cinco anos;
  • Desconexão com tecnologia e inteligência artificial: ferramentas que deveriam estar no centro da estratégia de talentos ainda são tratadas como periféricas;
  • Falta de coragem para enfrentar dilemas éticos e lideranças tóxicas: o ponto mais crítico, que é silenciar diante do que realmente ameaça a cultura e o legado da organização.

O CHRO que prospera não escolhe o meio-termo; ele sustenta paradoxos e dá ritmo às transformações. Conecta cultura e negócio e traduz pessoas em impacto. E, acima de tudo, lidera com coragem.

O futuro do RH não é sobre estar na mesa: é sobre transformar a mesa. Ou você continua operando como função de suporte, ou decide liderar como agente de impacto; o tempo da neutralidade acabou. 

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